quarta-feira, 14 de maio de 2014

O ITARARÉ PRECISA DE TI !!!!



Nos idos da década de 70, quando vim morar em Canguçu na cidade e posteriormente na Coxilha dos Campos, fui apresentado pelo meu padrasto, saudoso Jaime Campos ao Itararé, time de futebol que era a paixão do "Gege" como éra carinhosamente chamado pelos seus contemporâneos. Comecei a me entrosar com o pessoal nos treinos as quintas feiras e ali nasceu a minha paixão pelo Jaldi Negro, onde fui jogador das categorias de base e participei de algumas Diretorias, bem como fui testemunha ocular dos três títulos conquistados em 82/83 e 85, nunca joguei nos titulares, nesta época a equipe era muito boa e me contentava com o segundão, mas o que interessava mesmo éra trabalhar pelo Itararé, ajudar nas suas conquistas, treinar, cortar a grama, marcar o campo, limpar a sede, pintar a sede, organizar as brincadeiras na sede nova, cuidar do quadro social da cancha de bocha, mandar as notas esportiva para as radios locais com nossas atividades, para mim éra como estar jogando nos titulares..e como éra bonito ver aquele time jogando numa mescla perfeita dos pratas da casa, com verdadeiros apaixonados pelo amarelo e preto de nossa camiseta os veteranos que ainda tinha o reforço de ótimos jogadores que vinham  jogar pela amizade, pelo companheirismo, seja de nossa cidade ou da vizinha Pelotas....o domingo éra esperado com muita ansiedade, lotavamos caminhões ou onibus, conforme o caso acompanhando nosso Jaldi Negro, já que o campeonato municipal na época chegou a ter mais de 40 equipes participantes, envolvendo diversas localidades.
Na epoca dos três grandes títulos, tínhamos jogadores que com certeza poderiam ter jogado em qualquer grande time, como por exemplo o Goleiro Carlinhos Rommel, os zagueiro Zézinho, Carlos Jóber, Didico os meio campistas Mario Romano, Paulinho Romano(saudoso), Totonho Romano, os laterais Bira Goulart(saudoso), Zeca e Nene, centroavante Chico, sem contar ainda o Rodrigueiro que foi jogador do Brasil de Pelotas e vinha jogar pela amizade sendo primo dos Romanos....
Resumindo éramos uma grande família que aos domingo se reunia em torno de seu representante o Itararé, fosse em seu estádio ou fora dele e quando as coisas não iam muito bem o bicho pegava pro lado dos adversários, inclusive nossa torcida tinha o apelido de "magangavas" uma espécie de marimbondo amarelo e preto muito brava.....mas na maioria dos casos sempre fomos da paz e da conquista de títulos e por isso em homenagem a essa família jaldi negra que solicito o seu apoio a essa campanha para melhorias do estádio que hoje leva o nome do seu maior benemérito Jaime Santos de Campos o querido e saudoso Gege, vamos la então adquira sua camiseta e COLABORE.
Abaixo reproduzo matéria do site Impedimento:

ITARARÉ FOOT BALL CLUB

Canguçu é um município peculiar. Diz-se que possui 14 mil propriedades rurais, sendo recordista em minifúndios no Brasil. Dos 53 mil habitantes, cerca de 60% vivem na zona rural. Sempre ouvi uma história de que, se emendadas umas nas outras, as estradas vicinais de Canguçu poderiam levar a algum lugar distante, como Fortaleza ou Uruguaiana. Não sei se é verdade.

Mas é verdade que o interior de Canguçu é extremamente populoso e cheio de diversidade. Ali convivem, com grande harmonia, os descendentes de alemães, os quilombolas e os “brasileiros”, categoria na qual se encaixavam meus avós, que viviam na Florida, uma das dezenas de localidades do interior de Canguçu.

Eu teria uma série de histórias para contar de coisas que vi acontecerem no rico e diverso interior de Canguçu, mas conto uma história que ainda não conhecia. Na localidade de Coxilha dos Campos, existe um clube de futebol de 82 anos. Um aurinegro das coxilhas, cujas cores, brincam seus adeptos, foram copiadas pelo Peñarol. Um octagenário clube de futebol no interior profundo do Rio Grande do Sul, que hoje trabalha para se modernizar: o Itararé Football Club.
Sem nunca parar as atividades, o clube sempre disputou o Campeonato Municipal de Canguçu, organizado pela Associação Canguçuense de Futebol de Campo (ACFC), que reúne 12 equipes e deve começar, em 2014, ali por agosto ou setembro. Este ano, por limitações financeiras, o Itararé não deve disputar o Campeonato Interiorano, organizado pela Associação de Futebol do Interior de Canguçu (AFIC).

“O nosso orçamento para disputa de um campeonato gira em torno de 3 a 5 mil reais, enquanto tem equipes que investem de 25 a 50 mil reais em apenas um campeonato. Felizmente temos alguns jogadores que ainda jogam pelo amor a camiseta e assim contribuem com a diretoria na manutenção do clube”, diz o diretor de futebol do Itararé, Rérinton Joabel.

O clube, hoje presidido por Elenar Silveira, o Ferrinho, se mantém na base da colaboração da comunidade. Esqueçam os contratos milionários de patrocínio e as cotas de TV: o Itararé vive de rifas, festas e do dinheiro do bolso de seus associados. Agora, o clube do interior do Canguçu está iniciando uma grande revolução institucional: a reforma do modesto Jaime Campos.

“Para isso, precisamos do esforço de todos, no que cada um puder ajudar, desde ajuda com mão de obra, até a arrecadação de dinheiro, tijolos, areia, cimento, arame, ferro de obra e tinta”, explica Joabel.
No momento, a reforma se concentra na recuperação do muro de entrada, que estava caindo, e na construção de novos acessos, contemplando a acessibilidade para cadeirantes. Na segunda fase, a reforma vai ser no muro do lado da copa, que estava caindo no pátio do vizinho. Isso vai ter que acontecer antes do início do Campeonato Municipal. Outra obra urgente é a reconstrução do vestiário dos visitantes. Por último, o clube vai reformar sua cancha de bocha, anexa ao estádio, para que o Departamento de Bocha do Itararé retome suas atividades.

Como se vê, a causa é nobre e tem urgência. Para arrecadar fundos, o clube está vendendo uma linda camiseta aurinegra, com o símbolo do Itararé e suas quatro estrelas. A camiseta custa 40 reais (30 para custear o produto e 10 para o fundo do clube). Ou seja: eis uma grande oportunidade de comprar uma bela camiseta de futebol e ajudar a manter viva uma relíquia do futebol gaúcho.



Fonte: http://impedimento.org/o-itarare-precisa-de-ti/


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